quarta-feira, 28 de novembro de 2007

APRENDER A ENVELHECER COM A NATUREZA

Maria do Socorro Fernandes
AFLAM - Cadeira 10

A vida é sempre um hino de louvor e agradecimento a Deus, que na sua bondade de Pai criou você para enriquecer a sua própria obra e lhe deu um paraíso cheio de belezas naturais, que até hoje, o mais inteligente dos homens não teve a capacidade de recriar.
A natureza a toda hora canta o seu hino de agradecimento ao grande Arquiteto da Vida – Deus.
Todos tem o direito de nascer, viver, envelhecer e morrer. É a lei universal que atinge a toda camada que faz parte do cosmo.
Vejamos que, por maior que seja o passar dos anos, nunca se ouviu dizer que as árvores, os animais e tudo que faz parte desse reino tivessem desencanto e choraminguassem por estar envelhecendo.
Enquanto isso, o homem, na sua ignorância, cada vez se arraiga mais aos princípios obsessivos e esquecem que faz parte de um contexto universal de amor.
A natureza é vida com os mesmos direitos dos homens.
Observemos o envelhecimento do animal. Conheço Benge – é um afável cão que está na fase senil. A sua postura reflete meiguice e doçura sem, no entanto, perder a dignidade. Só é preciso que o homem o respeite.
É, os animais nos dão muitas lições de engrandecimento, principalmente humildade. Observe e repense!
Não envelheçamos  com amargura, com infelicidade crua na nossa alma, mas com alegria e dignidade, como as árvores que têm sempre uma sombra para amparar alguém.
Biloc dizia que a gente deveria aprender a envelhecer com as velhas árvores. E, Waltt Whitman tem um poema que diz: “Penso que podia ir viver com os animais/ que são plácidos e bastam-se a si mesmos”. E o poeta continua: “Nunca vi o sol se queixar do entardece/ nem a lua chorar quando amanhece...”
É bom ver a vida com olhos de ternura e gratidão, em constante ato de agradecimento ao Pai da Criação. Sejamos sol, sejamos lua, sejamos estrelas que, por mais pequeninas, enfeitam o céu da melhor idade.

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