quarta-feira, 28 de novembro de 2007

DIFUSORA 5.0

Ivonete Pereira de Paula Barros
AFLAM – Cadeira 15

“O país de Mossoró” teve, e terá sempre, uma plêiade de homens empreendedores que se antecipam ao seu tempo. Fruto desses empreendedores nasceu há 50 anos, a Rádio Difusora de Mossoró.
Na época, essa unidade radiofônica, com equipamentos de ponta, ocupava um espaço físico em nível de rádios de grandes centros nacionais. Igualmente, contava com um cast de talento que marcou a história da radiofonia estadual.
Revendo ontem, na Difusora, encontramos a união de cabeças culturais: Paulo Gutemberg, Genildo Miranda e Renato Costa. Esse grupo, afora tarefas administrativas, ia buscar lá fora, no Rio e em São Paulo, permanentemente, o modelo de rádio informativa e educativa.
Essa Rádio, a Difusora de Mossoró, produzia para seus ouvintes a Página de Diário, abordando temas nacionais de interesse local. Genildo Miranda, com uma voz privilegiada, produzia e apresentava Notícias da Cidade.
E o Vesperal das Moças no auditório do Cine Caiçara, lotado, lotado... Renato Costa, o dono da chave do cofre, investia pesado na aquisição de modernidades para a Difusora.
Entre programas de audiência absoluta na Difusora, esquecer, jamais a Rádio-novela. Com essa, entrego a quilometragem (risos).
Um dia, parada com um grupo na calçada do Cine Caiçara, Genildo Miranda passou, olhou e convidou a todos nós a um teste para compor o elenco da Rádio-novela. A colunista foi aprovada e ficou um ano “Condessa de Castel Frank”, da novela “Um Grito ao Longe”. Todo elenco José Maria Madrid, Ely Mendes, Rita Mangabeira, eu (Ivonete de Paula) e outros, batia “as nacionais”.
Depois, outros grupos assumiram a pioneira. Novos ventos. A vida não parou. Contudo, a Difusora quase deixa de ser a estrela da radiofonia local: política, concorrência e a febre televisiva em branco e preto dos anos 70. Mas a trajetória da Rádio Difusora, apesar de alguns percalços, é bonita. Orgulha Mossoró ansiosa de ser grande.

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