Senhora Presidente da Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense, Maria de Fátima de Castro, através da qual saúdo as autoridades mulheres presentes nesta mesa.
Dr. Elder Medeiros, Presidente da Academia Mossoroense de Letras – AMOL, citando-o, referencio as autoridades masculinas presentes nesta Solenidade
Professor Wilsom Bezerra, Presidente de Honra do Instituto Cultural do Oeste Potiguar
Acadêmica Professora Salomé Moura, através da qual saúdo as demais Acadêmicas nesta noite memorável.
Senhoras e Senhores. Nossos cumprimentos.
Professor Wilsom Bezerra, Presidente de Honra do Instituto Cultural do Oeste Potiguar
Acadêmica Professora Salomé Moura, através da qual saúdo as demais Acadêmicas nesta noite memorável.
Senhoras e Senhores. Nossos cumprimentos.
Tenho o privilégio de, na figura histórica da Acadêmica Marieta Lima, referenciar todas as mulheres presentes neste recinto. Dona Mariêta, que com seus quase 90 anos de sabedoria e dedicação à cultura e à arte mossoroense, vem nos ensinar a ter coragem para fazermos, com simplicidade, a complexa história da vida.
É o momento, então, de utilizar o verbo na primeira pessoa do plural para denotar que falo em nome de todas as confreiras.
Em meu nome; e em nome de todas as companheiras acadêmicas, expresso os significativos sentimentos de satisfação e regozijo por fazermos parte da construção deste momento histórico.
É histórico, porque reunimos neste momento 32 mulheres, de um total de 40, decididas a marcar a história de Mossoró com um novo modo de fazer arte, cultura e letras.
Para nós é uma honra e prova inequívoca de prestígio estar hoje nesta solenidade, com a não menos honrosa oportunidade de termos a Presidente Fátima Castro no topo da direção desta Instituição.
Nas alturas, sim; mas, imbuída das coisas mais simples e ternas da vida: o sonho de fazer o novo e o compromisso em tornar esse sonho realidade – sonho que se materializa através da Academia Feminina de Letras e Artes de Mossoró (AFLAM).
É com grande honra e muita responsabilidade que assumimos esta Missão de ser porta-vozes de tão ilustres atrizes sociais das letras e das culturas as mais variadas.
Dizemos atrizes sociais por entendermos quão importante é para nós ACADÊMICAS vermos reconhecidas as nossas formas de expressar em imagens, versos, paródias ou prosas as mensagens vivas que retratam os nossos sentimentos, as mais diversificadas formas de pensamento, seja de qual estilo literário for.
Senhoras e Senhores; é a versatilidade da produção das confreiras (poetas, artesãs, pintoras, romancistas, cronistas etc) que amplia a importância deste momento!
É isto que transforma esta, em uma data memorável, significativa e impar; mais que merecida de ser comemorada e lembrada, vez que representa a imortalidade de um grupo de mulheres afetas às letras, que fazem do conhecimento a sua própria história.
Eis, que é inevitável um parêntese e retornarmos a falar na primeira pessoa:
Eu, por exemplo, aqui estamos, graças à generosidade do destino e das amigas escritoras, do Conselho da AFLAM e da sua Presidente Fátima Castro.
Assim é que cada uma de nós e todas Acadêmicas em seu coletivo assumimos, com alegria, o compromisso de elevar, ainda mais, esta alta Casa do saber e da cultura Mossoroense.
"A alegria, segundo a filosofia de Mahatma Gandhi, “está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido; não na vitória propriamente dita”.
Em outras palavras, nossa alegria, afirmamos, é duradoura, e pretendemos cultivar sólidos sentimentos estéticos na própria caminhada da consolidação da AFLAM.
Queremos, então, contar com a amizade, solidariedade, interação e o firme apoio de nossas famílias e que Deus nos ilumine em todas as nossas ações.
Queremos, também, cultuar a arte do belo na singeleza das práticas produtivas.
É disto que precisamos, como integrantes desta Academia, para assumir o papel fundamental na consolidação deste sonho, tornando-nos verdadeiramente a Célula Mater desta Academia.
Que as nossas vidas entre poesias, prosas e labuta do dia-a-dia continuem contribuindo para o exercício pleno da cidadania feminina e voltada para o exemplo da construção coletiva dos nossos valores éticos, estéticos, morais e sociais, na convicção do bem maior de uma sociedade, que é a prática da dignidade humana.
É sob a égide de tal pensamento e crença que caminhamos em meio aos nossos conflitos de identidade, na busca incessante de respostas a indagações como:
Quem somos nós, essas mulheres?
Um significante dos vários significados pode ser resumido em inquietudes, mas, convicções. Pois, Sejamos nós mães, amantes, seresteiras, Trabalhadoras, educadoras, obreiras; Missionárias, historiadoras; Pesquisadoras ou cuidadoras; Curandeiras, Enfermeiras, Prostitutas, Não importa! Somos porta! Somos mulheres!
Somos o quê somos!
Repito, não importa!
Somos e representamos! Um espaço na sociedade, contribuindo para o crescimento solidário e sustentado dos grupos aos quais pertencemos.
Assim, na contemplação do significado do significante do que somos...!
Desejamos que as produções de nossas letras e imagens sirvam para marcar uma história combativa, mas suave! Capazes de refazermos o trilhar da lida das Amélias e das Marias. Também, capazes de reconstruir sonhos diluídos em firmes pausas reflexivas para uma nova prática feminina, neste universo heterogêneo, mutante e polifônico do comportamento da mundialização e da globalização; mas, decadente, frente as guerras e as descriminações de gênero, dentre tantas outras dissonâncias da sociedade.
Que Deus nos ajude a Sonhar!
Realizar!
Realizar no papel ou na tela as nossas vivências materiais e/ou imaginárias para serem úteis ao desmascaramento das cadências decadentes do luxo vernáculo, como enfatizam as letras ensaísticas e poéticas de Cecília Meireles (RJ) e Henriqueta Lisboa (MG).
Sonhamos em realizar feitos como tantas mulheres ilustres do Rio Grande do Norte. Principalmente, nas cores fortes e palavras firmes da poetisa, comunicadora e jornalista Marize Castro, em Marrons Crepons Marfins; na psicanálise e na prática educativa da poeta Clara Góes, na busca de desvendar “As aranhas”.
Certamente que queremos ter o dom da poesia, do romance, do conto e do ensaio tão marcantes nos escritos da natalense Leda Miranda Hühne.
Queremos sentir a expressividade poética e captar o significado da imagem para poder expressar nossas experiências.
A poesia é a experiência cósmica de um poeta, o conjunto de sua obra. ... que pretende ver na poesia, unicamente, manifestaçõesmentais limitadas ao "eu" do poeta.
Pintura é a expressão do pensamento criativo formatado na tela, que sai do imaginário para a materialização da sensibilidade visual.
E queremos que essas sensibilidade e experiência cósmica estejam sempre presentes no nosso cotidiano de imortalidade.
É o que sinto e o que queremos manifestar, enquanto imortais.
Obrigada! E que Deus nos Proteja nesta caminhada!
Tenho dito.
Taniamá Vieira da Silva Barreto
Acadêmica da AFLAM - Cadeira 12
Acadêmica da AFLAM - Cadeira 12
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