Maria Goreth Serra de Sousa
AFLAM - Cadeira 5
Como viver neste mundo o último dos poetas?
Sem imposto sem nome,
quimérico, anônimo,
sem pele, sem rosto, sem tinteiro,
o poeta de fato verdadeiro,
morre vida afora.
Verseja. Mas, de que me serve?
Vivo ou morto,
comum a todos, alma de miçanga.
Polissíndeto, isso sim é que ele é.
Olhos de ressaca.
Estrela movediça enluarada,
onde ossos não há mais.
E redige. É esculpe paradoxos. E sente ciúmes.
Estará vivo então o tal poeta?
Sua arte comovida em página imóvel,
flutua na poesia do mundo que o perde.
Sua sintaxe trabalhada,
Indaga a escrita sobre o papel:
“Com que letra começa amar”?
Sua poesia responde e repousa
na união das letras-primas.
Trava-se no luto do desencanto eterno,
Consagra a solidão do peta verdadeiro.
Sobrevivente. Triste caçador de letras perdidas.
Acrobata por amor à língua varonil.
O meu poeta constrói em negrito a sua própria vida,
cria com a pena os versos, que nunca lhe dirão!
AFLAM - Cadeira 5
Sem imposto sem nome,
quimérico, anônimo,
sem pele, sem rosto, sem tinteiro,
o poeta de fato verdadeiro,
morre vida afora.
Verseja. Mas, de que me serve?
comum a todos, alma de miçanga.
Polissíndeto, isso sim é que ele é.
Olhos de ressaca.
Estrela movediça enluarada,
onde ossos não há mais.
E redige. É esculpe paradoxos. E sente ciúmes.
Sua arte comovida em página imóvel,
flutua na poesia do mundo que o perde.
Sua sintaxe trabalhada,
Indaga a escrita sobre o papel:
“Com que letra começa amar”?
na união das letras-primas.
Trava-se no luto do desencanto eterno,
Consagra a solidão do peta verdadeiro.
Sobrevivente. Triste caçador de letras perdidas.
Acrobata por amor à língua varonil.
O meu poeta constrói em negrito a sua própria vida,
cria com a pena os versos, que nunca lhe dirão!
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