Helenita Castro Soares
AFLAM - Cadeira 07
AFLAM - Cadeira 07
O relógio marcava três horas da tarde. O calor muito forte me fez deixar a sala da direção para ir sentar-me num dos bancos que fica embaixo de uma mangueira enorme, num dos pátios do colégio. Não pude deixar de contemplar a paisagem: os pássaros indo e vindo dos seus ninhos, a queda antes do tempo, de um projeto de manga. Enquanto isso me deliciava com a brisa que soprava, favorecida pela água da piscina em movimento, acompanhando a peraltice dos alunos em sua aula de natação.
De repente a minha atenção se volta para uma aluna que estava ali na minha frente, jogando amarelinha. Aí fiz um breve retrospecto e as lembranças afloraram à minha mente. Vi aquela menina chegando ao Colégio para a sua primeira aula. Pequenina, assustada, agarrada ao pescoço da mãe com medo do novo, do desconhecido. Não conhecia as letras, nem os números.
O tempo foi passando e as coisas se modificando. O choro aos poucos foi transformando-se em alegria por estar na escola com colegas, professores e os outros. Cada atividade, uma novidade e um prazer diferente. Cada rusga uma reação: mordidas, puxões de cabelo, beliscões, enredo mis. Os pais já não mais precisavam deixá-la na porta da sala de aula. O caminho fora aprendido e muito faceira acompanhava a sua professora.
Cada dia uma surpresa: uma letra que aprendia; um desenho; uma pintura, um recorte. A letrinha do nome. Depois o nome inteiro. O nome do papai, da mamãe, do irmão, dos colegas. Termina um ano. Outro ano. Mais um ano. E, de repente volto à realidade e percebo que a menina que estou a contemplar já não é a mesma. Houve uma transformação, Não só na maturidade de suas idéias como também nas curvas do seu corpo. Naquele momento estava diante de mim um belo projeto de mulher: humana, consciente, independente, crítica, vaidosa. Opinando sobre tudo: política, violência, literatura, arte; defendendo seus direitos e reconhecendo seus deveres. Esta constatação me emocionou. Estava ali em minha frente o fruto de um trabalho incansável que executamos a muitas mãos, no dia-a-dia, com amor, vocação e renúncia... È o trabalho de transformação através do processo ensino-aprendizagem, via única para se ter acesso ao mundo social, desumano, perverso, cheio de armadilhas sem ser corrompido por ele.
Quantos alunos já passaram por várias escolas e, seu rostinho sequer foi identificado; sua tristeza não foi percebida; sua angústia não foi notada.
Educar é coisa séria. A escola através dos seus mestres, orientados por uma boa proposta pedagógica, trabalha para formar mentes. A negligência da escola/professor nunca é noticiada. A negligência médica aparece numa perna que foi amputada, numa vida que foi ceifada. Infelizmente a negligência da escola só se percebe muitos anos depois. Quando se houve nos noticiários que jovens da classe média brasileira incendiou um índio, que dormia em praça pública; quando crianças empunhando armas, matam colegas dentro ou fora da escola; quando filhos maltratam pais e muitas vezes tiram-lhes a vida em busca de poder; quando alguém vota, por um emprego, dinheiro, revanche ou por pura simpatia a determinados candidatos...
Contudo, ainda se pode acreditar na educação/escola. Escola? Sim! Naquela assumida com respeito, compromisso, dedicação, vocação. Com uma proposta pedagógica apoiada pelos PCNs., referencial de qualidade para a educação. Para encontrá-la basta andar um pouquinho mais e selecionar alguns critérios, tais como: 1. proposta pedagógica; 2. corpo docente; 3. segurança; 4. espaço físico; 5. anuidade. Tem mais um: o corpo administrativo. É muito importante saber quem está à frente de nossas escolas.
A escolha da escola é um investimento que o futuro, do filho, é quem vai agradecer!...
De repente a minha atenção se volta para uma aluna que estava ali na minha frente, jogando amarelinha. Aí fiz um breve retrospecto e as lembranças afloraram à minha mente. Vi aquela menina chegando ao Colégio para a sua primeira aula. Pequenina, assustada, agarrada ao pescoço da mãe com medo do novo, do desconhecido. Não conhecia as letras, nem os números.
O tempo foi passando e as coisas se modificando. O choro aos poucos foi transformando-se em alegria por estar na escola com colegas, professores e os outros. Cada atividade, uma novidade e um prazer diferente. Cada rusga uma reação: mordidas, puxões de cabelo, beliscões, enredo mis. Os pais já não mais precisavam deixá-la na porta da sala de aula. O caminho fora aprendido e muito faceira acompanhava a sua professora.
Cada dia uma surpresa: uma letra que aprendia; um desenho; uma pintura, um recorte. A letrinha do nome. Depois o nome inteiro. O nome do papai, da mamãe, do irmão, dos colegas. Termina um ano. Outro ano. Mais um ano. E, de repente volto à realidade e percebo que a menina que estou a contemplar já não é a mesma. Houve uma transformação, Não só na maturidade de suas idéias como também nas curvas do seu corpo. Naquele momento estava diante de mim um belo projeto de mulher: humana, consciente, independente, crítica, vaidosa. Opinando sobre tudo: política, violência, literatura, arte; defendendo seus direitos e reconhecendo seus deveres. Esta constatação me emocionou. Estava ali em minha frente o fruto de um trabalho incansável que executamos a muitas mãos, no dia-a-dia, com amor, vocação e renúncia... È o trabalho de transformação através do processo ensino-aprendizagem, via única para se ter acesso ao mundo social, desumano, perverso, cheio de armadilhas sem ser corrompido por ele.
Quantos alunos já passaram por várias escolas e, seu rostinho sequer foi identificado; sua tristeza não foi percebida; sua angústia não foi notada.
Educar é coisa séria. A escola através dos seus mestres, orientados por uma boa proposta pedagógica, trabalha para formar mentes. A negligência da escola/professor nunca é noticiada. A negligência médica aparece numa perna que foi amputada, numa vida que foi ceifada. Infelizmente a negligência da escola só se percebe muitos anos depois. Quando se houve nos noticiários que jovens da classe média brasileira incendiou um índio, que dormia em praça pública; quando crianças empunhando armas, matam colegas dentro ou fora da escola; quando filhos maltratam pais e muitas vezes tiram-lhes a vida em busca de poder; quando alguém vota, por um emprego, dinheiro, revanche ou por pura simpatia a determinados candidatos...
Contudo, ainda se pode acreditar na educação/escola. Escola? Sim! Naquela assumida com respeito, compromisso, dedicação, vocação. Com uma proposta pedagógica apoiada pelos PCNs., referencial de qualidade para a educação. Para encontrá-la basta andar um pouquinho mais e selecionar alguns critérios, tais como: 1. proposta pedagógica; 2. corpo docente; 3. segurança; 4. espaço físico; 5. anuidade. Tem mais um: o corpo administrativo. É muito importante saber quem está à frente de nossas escolas.
A escolha da escola é um investimento que o futuro, do filho, é quem vai agradecer!...
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