Depois de pesquisar e ouvir conselhos de amigos como o professor e doutor Leontino Filho, me deparei com a bela história de vida e a intensa obra deixada por Myriam Coeli. Não poderia ter escolhido patrona mais digna de ser homenageada.
Myriam Coeli de Araújo Dantas da Silveira é um ícone da poesia e do jornalismo no Rio Grande do Norte. Foi a primeira jornalista profissional do Estado – formada pela Escola Oficial de Jornalismo de Madrí, Espanha - e foi a primeira mulher jornalista a atuar e dar plantão noturno em redação de jornal, passando por veículos como Diário de Natal, Tribuna do Norte e A República. Contribuiu como professora e com sua educação clássica e culta para formação de outros jornalistas do nosso estado quando lecionou na Faculdade de Filosofia e na Faculdade de Jornalismo, ambas da Fundação José Augusto, mais tarde reconhecida com título de curso Superior de Jornalismo na Escola Técnica Federal.
Na verdade Myriam nasceu em Manaus no Amazonas, mas com dois meses de nascida veio com seus pais viver em São José do Mipibu. Em 1958 casou-se com o jornalista Celso da Silveira e com ele teve dois filhos: Cristina Coeli e Eli Celso e tem uma linda trajetória poética registrada em três lvros, o último publicado após sua morte.
Myriam Coeli morreu em 21 de fevereiro de 1982 depois de lutar por dez anos contra um Câncer de Mama. Até o último minuto conseguiu forças para escrever poesias. Seu lirismo poético conseguiu cativar a todos e escreveu seu nome entre as poetisas de talento que o Rio Grande do Norte já possuiu, com poesias de beleza e estrutura à altura ou até melhor que os de Auta de Souza. Uma mulher que merece ter seu nome sempre recordado, nunca esquecido.
No histórico de avanços durante todo o século XX, o aumento da expectativa de vida entre a população mundial foi uma das grandes conquistas. De acordo com a Organizações das Nações Unidas (ONU) até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos de idade no mundo será de quase 2 bilhões. Mas será que a sociedade se preparou para lidar com esses homens e mulheres que, mesmo com a idade avançada, ainda tem muito para viver?
Estes e outros questionamentos sobre a relação entre a sociedade contemporânea e a velhice movem o trabalho contido no livro “Um Olhar sobre o Idoso: percepções sobre a velhice em Mossoró”, editado pela Coleção Mossoroense, uma das maiores coleções do país.
O livro reúne reportagens escritas pela jornalista e publicadas na Revista Domingo, do Jornal De Fato, com enfoque na situação do idoso em Mossoró. Mais que um simples registro dessa realidade local, o livro traz à tona histórias tristes e alegres, de homens e mulheres que já viveram muito, mas ainda tem muita a contar e a fazer.
Mais que um registro jornalístico da realidade local, “UM OLHAR SOBRE O IDOSO: Percepções sobre a velhice em Mossoró” procura colocar esse tema em debate, abrindo espaço para a opinião de familiares, assistentes sociais e pesquisadores acadêm icos que lidam diariamente com os desafios de promover uma melhor idade para quem já passou dos 60 anos.
OBS: A ocupante da Cadeira 08 da AFLAM, a escritora e jornalista IZAÍRA THALITA DA SILVA LIMA está dando continuidade a pesquisa sobre a História de Vida da jornalista e poeta MYRIAM COELLI DE ARAUJO DANTAS DA SILVEIRA, para proceder ao“ELOGIO” e oficializá-la como Patrona da cadeira 08 da AFLAM.
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