(27 DE NOVEMBRO DE 2009)
Autoridades, acadêmicas (os) e demais pessoas presentes,
Com grande alegria, nesta noite memorável, nós mulheres de Mossoró, acadêmicas, celebramos juntamente com a comunidade, dois anos que tomamos assento como imortais da Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense (AFLAM).
A AFLAM foi fundada em 17 de agosto de 2007, por um grupo de mulheres: escritoras, poetisas, pesquisadoras, jornalistas, artistas, musicistas, pintoras, dançarinas e atrizes, visando preservar, ampliar e fortalecer a atuação feminina em Mossoró para, assim, serem reconhecidas pelos seus talentos e valores.
A AFLAM visa também ressaltar a memória e o pensamento vivo de figuras femininas brasileiras ou naturalizadas, que se destacaram nas letras e nas artes, denominando-as patronas da academia. Objetiva também, estimular o sentimento humanístico, prestando as devidas homenagens a todos aqueles (homens/mulheres) que contribuíram com a construção histórica da cidade de Mossoró, buscando valorizar a sabedoria prática e oral.
Assim, a Academia de Letras e Artes Mossoroense como bem expressa a sua simbologia, vem “semeando a igualdade”, discordando da “distinção de cor, sexo, religião ou ideologia política”, como reza o Art. 21 do seu Estatuto.
A AFLAM foi idealizada e oficialmente criada por Maria de Fátima Castro, que contou com valiosas colaborações para a sua estruturação: com o incentivo e orientação do professor Wilson Bezerra de Moura, com o respaldo de Dr. Jerônimo Dix-sept Rosado Sobrinho, com o apoio de Antonio Gonzaga Chimbinho e com o total incentivo e orientação de Maria do Socorro Cavalcanti, membro da Academia de Letras e Artes do Ceará (ALACE), mola propulsora de seu desenvolvimento.
A idéia de criar a AFLAM foi, portanto, amadurecida por mais de um ano e consolidada com o apoio das importantes instituições Mossoroense: AMOL (Academia Mossoroense de Letras), do ICOP (Instituto Cultural do Oeste Potiguar) e outras entidades como a POEMA (Associação de Poetas e Prosadores de Mossoró).
Destacamos também, a colaboração das acadêmicas fundadoras, cujos nomes estão listados no mural afixado aqui ao lado.
Destacamos também, a colaboração das acadêmicas fundadoras, cujos nomes estão listados no mural afixado aqui ao lado.
Esta academia, no afã de levar adiante sua missão de congregar, em seu corpo acadêmico, nomes identificados com os destinos benfazejos das letras e das artes no município de Mossoró, ainda incluiu outras acadêmicas, cujos nomes também estão listados no mural, afixado aqui ao lado.
São, portanto, as acadêmicas Mossoroenses, pessoas de reconhecido valor e de grande contribuição para a cultura da cidade de Mossoró, por isso foram convidadas pela sua fundadora e primeira presidente Maria de Fátima Castro.
Sou, Honrosamente, a 2ª Presidenta desta Academia, pela transferência de cargo de sua primeira presidenta, Fátima Castro. Como Vice-presidenta desde a sua criação, recebi e assumi o tão importante cargo, no dia 14 de agosto de 2009, estando, portanto, apenas com 3 meses de gestão.
Nesse momento em que comemoramos 2 anos que aceitamos ser membros da AFLAM, resolvemos compartilhar este momento tão especial com a comunidade Mossoroense, levando ao público uma síntese do conhecimento e da produção literária gerada dentro da Academia.
Orgulha-me ser mossoroense, de uma cidade cujas mulheres têm registrado marcas significativas nas páginas da sua história, a exemplo de Ana Floriano, que no século XIX liderou “O Motim das Mulheres em defesa de seus maridos e filhos, poupando-os de se arriscarem na Guerra do Paraguai”.
Somos, portanto, mulheres mossoroenses, herdeiras da sabedoria e da intrepidez, que alimenta o sonho de todos os que amam esta pátria comum e alimentam os valores inestimáveis de uma herança cultural de largas conquistas e produções consagradas no decorrer de sua rica história beletrista, ou seja, de pessoas que cultivam as belas-letras.
Somos, portanto, mulheres mossoroenses, herdeiras da sabedoria e da intrepidez, que alimenta o sonho de todos os que amam esta pátria comum e alimentam os valores inestimáveis de uma herança cultural de largas conquistas e produções consagradas no decorrer de sua rica história beletrista, ou seja, de pessoas que cultivam as belas-letras.
Distinto público, o amor que as escritoras e artistas mossoroenses devotam à língua pátria, a sublimidade de seu estilo e a beleza de sua arte, merecem ser ressaltados. Fincar as raízes da alma na profundidade do mistério de dizer e de escrever, de cantar, de pintar e de representar denota a intimidade de si mesmo com a cultura que nos impregna a vida, com suas crenças, seus valores, sua tradição e seu ímpeto de criar voltado para o porvir.
Como disse a notável escritora nordestina, do Ceará, Rachel de Queiroz, no século XX, “[...] a nossa língua é o nosso modo normal de expressão, é – ouso dizê-lo – a nossa língua literária e artística”.
E eu, na minha simplicidade, afirmo: as nossas ideias, criações, atos e imaginações hoje têm a pretensão de servir de exemplo às gerações futuras, numa época histórica humana de tantas carências e massificação indiferente, na salvaguarda de tudo de bom quanto se venha gerar por quem vive neste mundo de possibilidades ilimitáveis.
Tenho dito.
Tenho dito.
Maria Ceição Maciel Filgueira
Presidenta da AFLAM
Mossoró, 27 de novembro de 2009.
Presidenta da AFLAM
Mossoró, 27 de novembro de 2009.
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