quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DISCURSO - ESTÍMULO E CONVOCAÇÃO PARA A ELEIÇÃO DA AFLAM

Ilustres Confreiras da AFLAM

      Que bom ser membro da ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES MOSSOROENSE (AFLAM)! Entidade esta, criada por Maria de Fátima Castro (advogada e escritora), interessada pelo crescimento da cultura de Mossoró, que contou com valiosas colaborações para a sua estruturação: com o incentivo e orientação do professor Wilson Bezerra de Moura, com o respaldo de Dr. Jerônimo Dix-sept Rosado Sobrinho e Antonio Gonzaga Chimbinho e com o total apoio e orientação de Maria do Socorro Cavalcanti (Sócia da Academia de Letras e Artes do Ceará – ALACE)-, mola propulsora do seu desenvolvimento. Também, com a colaboração das fundadoras, Helenita Castro Soares, Maria Conceição Maciel Filgueira, Maria Goretti Filgueira, Maria Goreth Serra, Maria José Araújo, Suzana Leite, Symara Tâmara, Taniamá Barreto, dentre outras, no intuito de gloriosamente, tornarem-se imortais pela sua sabedoria, por suas obras e pelo compromisso assumido em trabalhar para semear novos pensamentos e novos estilos de cultura.
      A idéia de criar a AFLAM foi amadurecida por mais de um ano e só foi levada adiante porque também recebeu apoio da Academia Mossoroense de Letras (AMOL), do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) e outras entidades como a POEMA - Associação de Poetas e Prosadores de Mossoró.
      Desse modo, foi fundada no dia 17 de agosto de 2007, por um grupo de mulheres: escritoras, pesquisadoras, jornalistas, artistas, musicistas, artistas plásticas e atrizes, tendo por meta garantir, ampliar e fortalecer a atuação feminina em Mossoró, e, por essa via, ter o seu valor reconhecido.

      Honrosamente coube-me o título de Presidenta desta Academia pela transferência de cargo de sua primeira presidenta, Maria de Fátima Castro. Eu como vice-presidenta que era desde a sua criação, automaticamente, recebi e assumi o tão importante cargo, no dia 14 de agosto de 2009 (fazendo hoje dois meses), no auditório desta Biblioteca Ney Pontes Duarte.
Para os que não me conhecem, é importante salientar que, sempre que assumo algo, o faço com garra, determinação, altivez, e acima de tudo, com vontade de vitória, mediante a utilização da ética e da responsabilidade pelo compromisso assumido. E assumi a Presidência da AFLAM visando mantê-la viva e fortalecida pelo estímulo, confiança e otimismo de seus representantes e, sobretudo, pela motivação de minha ex-professora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Maria do Socorro Cavalcanti, que vem me guiando sabiamente e me tem feito continuar.
       Há mais de cem anos, numa cerimônia semelhante a que vivemos neste momento, um dos nossos grandes, senão o maior, literário brasileiro, Machado de Assis, lembrava aos seus confrades enquanto assumia a presidência da Academia Brasileira de Letras a importância de passar o pensamento de uma época a seus sucessores, para que fosse transmitida aos demais, tendo-se como resultado a obra contada entre as sólidas e brilhantes páginas da vida brasileira. Eis a importância de se perpetuar o pensamento.
No entanto, minhas caras confreiras, tudo é muito fugaz, o meu cargo de Presidente já está se expirando. Esta reunião de hoje seria uma espécie de aviso prévio do fim de minha gestão, uma vez que, de acordo com os Estatutos da AFLAM, o mandato da sua Primeira         Diretoria e do Conselho Fiscal, que é de dois anos, se extinguirá em 29 de novembro de 2009. Assim, deverão ser convocadas as eleições para a nova diretoria, cujas chapas deverão ser registradas 30 dias antes do pleito.
        Ao antecipar as minhas despedidas, torno públicos meus agradecimentos a todas as confreiras que tornaram possível a minha modesta atuação em tão pouco espaço de tempo, colaborando para eu dar seqüência à realização deste sonho de implantarmos e mantermos em Mossoró uma agremiação tão nobre como esta. Nesse sentido, aqui fica o meu apelo a todas nós, inclusive a mim mesma: sejamos felizes e fortes o suficiente para cumprirmos a missão que foi CONFIADA a cada uma de nós, seja qual for a pessoa que estiver à frente da AFLAM.
        Como é do conhecimento de todas a AFLAM ainda é uma criança de colo e agora é que começa a engatinhar e, portanto, faltam muitos requisitos para adquirir o caráter de uma verdadeira ACADEMIA, até porque, nós acadêmicas, ainda não incorporamos com o devido vigor o seu verdadeiro espírito, o seu real sentido e talvez, por isso, ela ainda não tenha a visibilidade necessária perante a sociedade Mossoroense.
         A AFLAM precisa contar mais com o empenho e dedicação de todas as confreiras, uma vez que cada uma assumiu o compromisso de participar dos mesmos ideais e labores pelo engrandecimento das “letras e artes mossoroenses.” Afinal uma boa semente, mesmo uma vez nascida, se não for regada, não poderá dar bons frutos.
        Dessa forma, vale lembrar a importância do papel que cada uma assumiu perante a AFLAM. Conclamamos, pois, a todas as acadêmicas, a se ater ao momento presente, ao hoje, ao agora. O tempo passa rapidamente e se vai, para nunca mais voltar. As oportunidades que se nos apresentam para sermos úteis e necessárias são ímpares em face dos bilhões que não as têm e que para eles são inatingíveis. E a questão do tempo, o tempo é a gente que faz para cada opção feita. Assim, cada uma deve ser a administradora/gestora de suas ações, mediante o compromisso assumido com a AFLAM, aqui e agora.

E para finalizar, queiram também receber esta maravilha de Mário Quintana: 

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
(Mário Quintana).
Maria Ceição Maciel Filgueira
Presidenta da AFLAM

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