A ocupante da Cadeira 21 da AFLAM, a acadêmica AMÉRICA FERNANDES ROSADO MAIA, deu início a pesquisa sobre a História de Vida de BÁRBARA HELIODORA GUILHERMINA DA SILVEIRA,Patrona da cadeira 21 da AFLAM. A conclusão dessa Biografia, bem como o “ELOGIO” à citada Patrona, ficará sobre a responsabilidade da futura acadêmica que vier a ocupar a cadeira 21 da AFLAM.
BÁRBARA HELIODORA GUILHERMINA DA SILVEIRA, nasceu em São João Del Rei, Minas Gerais, em 1759.
Ousada para a época, Barbara foi a primeira poeta brasileira. Culta e revolucionária, Bárbara foi uma mulher que, em toda sua vida, agiu com coragem e fibra. Aos 20 anos se apaixonou pelo poeta Alvarenga Peixoto. Da paixão, nasceu Maria Ifigênia.
O casamento só aconteceu depois do nascimento da menina e Bárbara manteve o nome de solteira. A ligação entre os dois foi marcada pela harmonia e companheirismo. O casal teria, ainda, outros três filhos.
O casamento só aconteceu depois do nascimento da menina e Bárbara manteve o nome de solteira. A ligação entre os dois foi marcada pela harmonia e companheirismo. O casal teria, ainda, outros três filhos.
Bárbara e Alvarenga Peixoto participaram da organização da inconfidência do país.
Segundo Aureliano Leite, no livro "A Vida Heróica de Barbara Heliodora", a presença de Bárbara foi fundamental na vida de Alvarenga Peixoto:"...Ela foi a estrela do norte que soube guiar a vida do marido, foi ela que lhe acalento o seu sonho da inconfidência do Brasil…quando ele, em certo instante, quis fraquejar, foi Bárbara quem o fez reaprumar-se na aventura patriótica. Disso e do mais que ela sofreu com alta dignidade fez com que a posteridade lhe desse tratamento de Harmonia da Inconfidência’’.
O casamento durou 10 anos, período da produção poética de Eliodora. Em 1789, época da Conjugação, Alvarenga Peixoto foi preso e arrastado de São João Del Rei ao Rio de Janeiro, sendo levado para a fortaleza da Ilhas das Cobras e, depois, ele seria mandado para África, onde morreria.No cárcere, Alvarenga Peixoto escreveu "Bárbara Bela", onde exaltava a dor da distância da mulher:
"Bárbara Bela
Do norte estrela Que o meu destino Sabe guiar De ti ausente Triste somente As horas passo A suspirar Pôr entre as penhas De incultas brenhas Cansa-me a vista De te buscar Porém não vejo Mais te desejo, Sem esperança De te encontrar |
Eu também queria
A noite e o dia Contigo pode passar Mas orgulhosa Sorte invejosa, D’esta fortuna Me quer privar Tu, Entre os braços, Temos abraços Da filha amada Pode gozar, Priva-me da estrela De ti e D’ela Busca dou modos De me matar!". |
Após a prisão de Alvarenga Peixoto, Barbara Eliodora não mais escreveu, teve a metade dos seus bens confiscados e passou a ser discriminada por toda a sociedade da época.
Viúva, passou a se dedicar à educação dos quatro filhos e à administração dos bens restantes. Em 1795 ela sofreu outra perda, Maria Ifigênia, em decorrência de uma queda de cavalo.
Figura de expressão na Inconfidência Mineira, Bárbara foi muito tempo retratada, em livros de história inclusive como demente louca, como que andava esfarrapada pela Ruas de São João Del Rei falando Bobagens e loucuras.
Neste século alguns escritores como Aureliano Leite, lutaram para resgatar a verdade de sua vida.
Em "A Vida Heróica de Bárbara Eliodora" Leite afirmava que Bárbara viveu seus últimos vinte e tantos anos em perfeito juízo, nesse período cuidou dos negócios da família, foi admitida da ordem 3a. do Carmo, de São João Del Rei e morreu em São Gonçalo do Sapucaí, aos 60 anos, vitima de tuberculose.
" Para Aureliano Leite, Houve uma criação em torno da figura de Eliodora. Lendas que escondem dos brasileiros a verdade e que são desmentidas em palavras como a do escritor Uruguaio Rodrigues Fabregat (ver baixo), que qualifica Bárbara Eliodora de Mulher do Novo Mundo, colocando-a entre as mães da epopéia do Novo Mundo:
"…e esta outra, também de sua carne vem, grande e profética: que traz em seus lábios de Mulher, gladiadora ardente, clamores de despertar; que traz em suas mãos uma bandeira nova e alça sobre multidões estremecidas; que traz em sua mensagem um desejo de liberdade, um credo republicano que, com ele sobe até a cúpula de seu calvário e da história: que junto às minas de ouro das rapinas imperiais, fala com voz de brasileira, gente a proclamar direitos e conquistá-los; esta, de Vila Rica, em Minas Gerais companheira da inconfidência revolucionaria na saga heróica de VGRT e na morte mártir, esta mulher do novo mundo - oh, mãe epopéia do Novo Mundo!- cravada em seu madeiro de sacrifício com quatro escravos ardentes de Cruzeiro do Sul… Bárbara Eliodora !"
Ousada para sua época, Bárbara foi a primeira Mulher poeta do Brasil, umas das ideologias organizadoras da inconfidência Mineira, teve uma filha antes do casamento e, mesmo depois de casada, fez questão de continuar com seu nome de solteira.
Após a morte do marido, Bárbara ainda administrou os negócios da família, e cuidou da educação dos seus 4 filhos. O texto de Rodrigues chama de "Mulher do Novo Mundo".
Viúva, passou a se dedicar à educação dos quatro filhos e à administração dos bens restantes. Em 1795 ela sofreu outra perda, Maria Ifigênia, em decorrência de uma queda de cavalo.
Figura de expressão na Inconfidência Mineira, Bárbara foi muito tempo retratada, em livros de história inclusive como demente louca, como que andava esfarrapada pela Ruas de São João Del Rei falando Bobagens e loucuras.
Neste século alguns escritores como Aureliano Leite, lutaram para resgatar a verdade de sua vida.
Em "A Vida Heróica de Bárbara Eliodora" Leite afirmava que Bárbara viveu seus últimos vinte e tantos anos em perfeito juízo, nesse período cuidou dos negócios da família, foi admitida da ordem 3a. do Carmo, de São João Del Rei e morreu em São Gonçalo do Sapucaí, aos 60 anos, vitima de tuberculose.
" Para Aureliano Leite, Houve uma criação em torno da figura de Eliodora. Lendas que escondem dos brasileiros a verdade e que são desmentidas em palavras como a do escritor Uruguaio Rodrigues Fabregat (ver baixo), que qualifica Bárbara Eliodora de Mulher do Novo Mundo, colocando-a entre as mães da epopéia do Novo Mundo:
"…e esta outra, também de sua carne vem, grande e profética: que traz em seus lábios de Mulher, gladiadora ardente, clamores de despertar; que traz em suas mãos uma bandeira nova e alça sobre multidões estremecidas; que traz em sua mensagem um desejo de liberdade, um credo republicano que, com ele sobe até a cúpula de seu calvário e da história: que junto às minas de ouro das rapinas imperiais, fala com voz de brasileira, gente a proclamar direitos e conquistá-los; esta, de Vila Rica, em Minas Gerais companheira da inconfidência revolucionaria na saga heróica de VGRT e na morte mártir, esta mulher do novo mundo - oh, mãe epopéia do Novo Mundo!- cravada em seu madeiro de sacrifício com quatro escravos ardentes de Cruzeiro do Sul… Bárbara Eliodora !"
Ousada para sua época, Bárbara foi a primeira Mulher poeta do Brasil, umas das ideologias organizadoras da inconfidência Mineira, teve uma filha antes do casamento e, mesmo depois de casada, fez questão de continuar com seu nome de solteira.
Após a morte do marido, Bárbara ainda administrou os negócios da família, e cuidou da educação dos seus 4 filhos. O texto de Rodrigues chama de "Mulher do Novo Mundo".
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