DISCURSO PROFERIDO POR OCASIÃO DA POSSE DAS INICIADAS

Acadêmica Joana D´Arc Fernandes Coêlho
AFLAM – Cadeira 21

       Saúdo a todos os presentes na mesa diretiva já nominados, através da pessoa do prof. Dr. Benedito Vasconcelos
Inicialmente, quero manifestar a minha grande satisfação por ter sido escolhida para representar, nesse evento, todas as iniciadas acadêmicas na AFLAM.
       Saibam todos voces que nos sentimos bastante honradas por podermos ingressar na Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense – AFLAM, ao mesmo tempo cientes de que iremos contribuir através de nossa partilha, para o fortalecimento da estruturação e  edificação desse moderno templo de excelência de apenas 04 anos de existência, onde se investe do poder da transmissão do conhecimento da ciência, da técnica, das artes, recursos estes que possibilitam o processo da construção, desconstrução e reconstrução dos conceitos e pensamentos pela diversidade de novos paradigmas, formulados pelos cidadãos e cidadãs na ambiência das ideías enquanto seres planetários.
       Fernando Pessoa em suas inspirações literárias profetizou que deus quer, o homem sonha e a obra nasce.
Usando essa máxima como metáfora, eu diria que deus quis, algumas mulheres idealistas ou não, sonharam ousadamente e a obra nasce como uma academia feminina de letras e artes mossoroense, arquitetada para se edificar como um templo da sabedoria. 

       E nós prezadas iniciadas, começamos a fazer parte dessa construção histórica, somando-nos ás que já fazem essa edificação que se traduz por um grande avanço para o progresso do conhecimento nas mais diversas áreas da seara humana, onde muitas línguas serão faladas e muitos pensamentos hão diversificados, onde não só aprenderemos como haveremos de ministrar em cada cátedra específica, o aperfeiçoamento das idéias para se chegar á sabedoria.
       Imbuídas, portanto, de responsabilidade, direcionamento e determinação, participaremos dessa trilha pela busca da transmissão e construção de uma diversidade de pensares através de uma vivência acadêmica / ecológica, partilhada na teia das relações subjetivas e objetivas, onde enfrentaremos a introjeção de novos paradigmas, processados no construto de uma  sociedade do conhecimento.
Temos a devida consciência de que passaremos, a partir de então, a ser uma figura imortal no cenário da sociedade moderna associada ás transformações de natureza social e política como se dá pelo principium divinitatis – que é o direito do poder ser.
       Esse poder ser nos leva a uma perspectiva do continuum de nossa participação, na possibilidade de sairmos de nós mesmas situando-nos, no princípio da unidade do múltiplo diverso, dentro de uma sociedade do conhecimento.
Como cita Heidegger: “no homem impera um pertencer ao ser; este pertencer escuta o ser, porque a ele está entregue como propriedade”.
       Portanto, responsáveis que somos por essa nova tarefa histórica, através de nossa essência como ser comum, dotadas de valores, desejos, crenças, concepções e tudo que envolve a clareira do mundo moderno, poderemos perpetuar a maravilha da construção da identidade humana, enquanto imortais.
       Não seremos apenas as detentoras de saberes, mas também seremos aprendizes nesse templo de sabedorias vivenciadas por uma relação ecológica intrínseca aos conhecimentos e as experiências abalizadas pelo direito de liberdade, com a capacidade de romper barreiras, de superar o interdito e de ir além dos nossos limites.
       Portanto, caras colegas iniciadas como acadêmicas, fazemos hoje, parte da história da construção da aflam, essa obra especial, que emerge na sociedade de Mossoró, nobre razão infinita em faculdades expressas e admiráveis no universo do conhecimento, da intelectualidade, e do mundo da diversificação das idéias, que também se desenvolvem na convivência com outros ministérios da vida, em que se destacam outros imortais.
       Finalizo a minha charla, dizendo do credo que devemos ter na essência basilar da aflam, e como cidadãs, caras iniciadas, iremos honrar o êxito dessa obra social e política, novo templo da sabedoria no universo da modernidade, em que poderemos coletivizar as nossas ações determinadas pela pedagogia da vida, contribuindo  assim,  para evitar a evolução da massa parda da mediocridade.

Muito Obrigada